abril 11, 2004

ABRIL. Não compreendo a indignação sobre o 25 de Abril e os festejos oficiais a não ser como uma reminiscência do republicanismo que todos os anos vai em romaria lançar foguetes nas praças dos municípios, defender o 5 de Outubro e dar vivas ao dr. Afonso Costa. Se tivesse de acrescentar qualquer argumento, ele estava na tese de António Barreto sobre as décadas prodigiosas em que Portugal se transformou: o País realizou em duas décadas (década e meia, para ser mais preciso) aquilo em que outros países europeus se ocuparam em muito mais tempo. Já se sabe que isso foi possível graças ao 25 de Abril -- é um lugar-comum medíocre mas vale a pena dizê-lo uma vez por ano. Obrigado a todos, trinta anos depois.